Por Lisa
Winter*

Antes de as cavidades
físicas aparecerem, a cárie dentária se faz por etapas. Enquanto minerais realizam
naturalmente seu ciclo para dentro e para fora dos dentes, os déficits podem
comprometer a integridade do esmalte, o que leva a possíveis cáries e a posterior
deterioração. Tradicionalmente, os
dentistas perfuram a área deteriorada, removem o material insalubre e fazem o
preenchimento com uma resina composta ou amálgama que protegem o dente.
Restaurações de amálgama de prata normalmente duram mais tempo do que as de
resina, embora a resina se pareça mais com o dente natural, obrigando o
paciente a tomar uma decisão estética.
Pitts e sua equipe
desenvolveram uma nova técnica que eles batizaram de Electrically Accelerated and Enhanced Remineralization (EAER, ou 'Remineralização'
Acelerada e Aprimorada Eletricamente). Como o nome indica, uma pequena corrente
elétrica permite que o cálcio e fosfato 'remineralizem' o dente, protegendo-o
contra as cáries. Esta técnica tem sido muito procurada por dentistas, pois
permite que o corpo se recupere sem exercícios, ansiedade ou dor. A equipe está
buscando investidores privados para ajudar a trazer este dispositivo para o
mercado nos próximos três anos.
"A maneira como
tratamos os dentes hoje não é a ideal - quando se repara um dente, coloca-se um
enchimento, o dente entra num ciclo de perfuração e 're-enchimento' o que, em
última análise, faz de cada 'reparo' uma falha", disse Pitts em comunicado
de imprensa. "Nosso dispositivo não apenas é mais gentil com o paciente e
melhor para seus dentes, mas tem custo-benefício pelo menos igual aos tratamentos
dentários atuais. Junto ao combate à cárie dentária, nosso dispositivo também
pode ser usado para branquear os dentes".
No mês passado, uma
equipe do Instituto Wyss, de Harvard, anunciou um tratamento a laser que
estimula as células-tronco a se diferenciar na dentina, a camada do dente
abaixo do esmalte, ao longo de cerca de 12 semanas. Embora esta técnica ainda
esteja em seus estágios iniciais, a reparação do esmalte perdido é fundamental
para garantir à dentina um novo crescimento permanente e saudável. As células
que criam o esmalte morrem logo após o dente se formar, embora possa se desgastar
ou danificada, devido a uma lesão, colocando o dente em risco de decadência.
Estima-se que mais de 2,3
bilhões de pessoas enfrentam algum nível de cárie dentária a cada ano.
Acredita-se que as dietas modernas acelerem a cárie dentária, como alimentos e
bebidas ácidas, frutas cítricas e refrigerantes que desgastam o esmalte. O
aumento da quantidade de carboidratos e açúcares refinados também foram
identificados como culpados em influenciar microbiota da boca, deixando as
pessoas mais propensas a desenvolver a cárie.
Publicado originalmente em IFLScience
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