quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Boas vibrações: torre de testes alemã balança no ritmo da cidade

Quer seja o Burj Khalifa, o One World Trade Center ou o próximo arranha-céu uma milha mais alto, a torre de teste da empresa alemã thyssenkrupp (se escreve só com minúsculas) Elevator  não faz distinção. Instalada em Rottweil, cidade alemã encravada entre a Floresta Negra e os Alpes Suábios, a torre irá em breve imitar as vibrações naturais experimentadas por qualquer construção, em função do vento.

O novo “amortecedor de massa sintonizado” a ser instalado na futura torre de teste, irá testar com antecedência aspectos que, atualmente, são testados apenas quando a construção está pronta e totalmente equipada. A ideia é economizar tempo e dinheiro já que, por ser um equipamento interno, ele pode ser ajustado a contento, com antecedência, para se adequar às condições reais de operação de um edifício. Além de simular as vibrações de outros edifícios para fins de teste, esta nova técnica também poderá agir como ponto de equilíbrio para os movimentos relacionados ao clima da própria torre, que mede 246 metros.

No final de janeiro um grande pêndulo sustentado por motores lineares foi instalado dentro da torre – a uma altura de 193 metros – pela empresa GERB Schwingungsisolierungen GmbH. Embora esta tecnologia já esteja em uso em Nova York, Xangai e Dubai, este dispositivo é o primeiro do mundo que combina movimentos ativos e passivos.

Apesar de seu design esguio, a torre de teste de Rottweil pode balançar em certas condições climáticas devido ás chamadas vibrações induzidas por vórtices. O pêndulo tem massa de 240 toneladas, o que permite ao novo sistema compensar o movimento da torre; assim os visitantes que forem apreciar o mirante não sentirão o balanço da torre.

Mas a grande jogada é a do amortecedor. Graças ao pêndulo ativo, engenheiros de desenvolvimento da thyssenrupp Elevator podem agora testar sistemas de elevadores em condições reais. Para este fim, juntou-se à GERB para desenvolver um mecanismo inteligente que pode artificialmente induzir vibrações realistas na torre de teste - mesmo em tempo calmo.

"Isso significa que podemos simular todos os tipos de alturas de construção e condições climáticas. E, claro, isso também vale para prédios que ainda não foram construídos, para que possamos realizar testes iniciais em nossos elevadores bem antes de concuir o trabalho de construção.", diz Andreas Schierenbeck, CEO da thyssenkrupp Elevator.

As vibrações numa construção representam um dos maiores desafios no desenvolvimento de elevadores. Todos os edifícios são estruturalmente projetados para dobrar até certo ponto com o vento, fazendo com os poços de elevador também se movam. Proporcionar condições realistas com antecedência nos eixos de testes subterrâneos é certamente uma vantagem.

Após a instalação do amortecedor, as vibrações da torre podem ser registradas e analisadas, permitindo controle preciso das vibrações artificiais. A força e o ‘timing’ das vibrações artificiais asseguram que o pêndulo gigante oscile de modo controlado e esteja sintonizado aos movimentos do edifício, controlado por computador. O sistema também contém elementos de amortecimento, conhecidos como amortecedores de visco, que dissipam a energia do pêndulo em movimento. Como resultado, os movimentos da torre foram reduzidos, em todas as direções, de 76 centímetros para menos de 15 centímetros.

Para esta simulação artificial, a GERB utilizou a mesma tecnologia do sistema de elevador MULTI sem cabo da thyssenkrupp – de motores lineares eletromagnéticos. A deflexão controlada do pêndulo pelos motores faz com que ele oscile. Isso requer forças relativamente pequenas de apenas 35 kilonewtons (cerca de 50 vezes a força usada para chutar uma bola de futebol). A massa em movimento do pêndulo, em seguida, puxa a torre, colocando-a em movimento controlado.
A thyssenkrupp começou a construir a torre de teste com o empreiteiro geral Züblin, em 2014. Entre as tecnologias de ponta que serão testadas em Rottweil está a mais nova geração de elevadores, o MULTI. O design livre de cabos significa que várias cabines podem ser operadas num único eixo. Isso aumenta a capacidade de passageiros por eixo de até 50 por cento e ao mesmo tempo reduz à metade a área ocupada pelo elevador num edifício. Além disso, os elevadores podem se mover por ambos os lados e na vertical, sem limitações de altura, abrindo completamente novas aplicações e possibilidades de design de arquitetura.


Fonte: http://www.pressebox.de/pressemitteilung/thyssenkrupp-elevator-ag/Good-vibrations-Test-tower-in-Rottweil-sways-to-the-rhythm-of-the-city/boxid/780567

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